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Mito da Caverna

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Filosofia No Ensino Médio

Filosofia ou supletivo filosófico como pode caracterizar a proposta encaminhada pela secretaria da educação?

A dúvida persiste, enquanto não salta à mente as memórias do tempo de graduação onde a constituição do conhecimento se dava com muita leitura - na íntegra das obras filosóficas - e não com citações rápidas que só promovem a confusão e ratificação do cenário já constituído, a saber, desinformação, desconhecimento de dados históricos e descrença na criticidade como meio para se constituir enquanto ser no mundo.
O modelo sintético, adotado nestes últimos anos pelas demais disciplinas demonstraram-se fadados ao equívoco, pois a redução da abordagem foi tanta que a aproximação do aluno a qualquer tema tornou-se uma mera praxe, sem efeito formativo, só com efeito administrativo. Um ser pensante como demonstra Assimov em seus diversos livros, não nasce assim, se constitui, o percurso é marcado por leitura - entendida como meio para se entender, como nos constituímos historicamente -, por questionamentos, teorização, intervenção na realidade vivida.
Filosofia é a apreensão da realidade tendo como norte proposições racionais, que não se fundamentam nas proposições da fé, ou do senso comum, deste modo filosofar é iniciar um diálogo com os temas que nos são pertinentes, pautando-se na racionalidade que nos é inerente, sem recorrer a existência de qualquer justificativa que não se justifica, por meio de uma argumentação racional.

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